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Mostrando postagens de abril, 2023

Um segredo para se guardar

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Heitor sentiu a barriga gelar e respondeu: “Como assim?” Bruna devolveu de imediato: “Se você puder, vou estar naquele shopping perto da Estação Trianon-Masp hoje à tarde por volta de 16h e a gente pode conversar”. “Combinado. Te encontro lá”. – escreveu ele sem pensar. Ele jogou o celular em cima da cama e começou a pensar nas palavras de Bruna. Ficou claro que ele não tinha sido o primeiro a ser levado por Talita para a sauna do condomínio, mas como ela sabia do encontro se ninguém tinha visto os dois saindo juntos da faculdade? Heitor ficou apreensivo e foi para a sala. Se jogou no sofá e logo depois Marina apareceu, ficou em pé perto dele e perguntou docemente: – Está tudo bem? – Só um pouco pensativo e preocupado. Nada demais. – disse ele em tom reflexivo. – Aconteceu alguma coisa na faculdade daqui ou com alguém do Paraná? – Se eu te contar, você promete que não conta nem para o papai e nem para a mamãe? – Aí depende, Heitor. Se for algo grave, eu não vou garantir guardar segredo...

Luzes da cidade

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Talita, olhando para o pai, disse: – Todo mundo aqui do condomínio faz isso. E eu… – Espera, Talita! Daqui a pouco a gente fala. – e se voltado para Heitor – Meu filho, é… Vá para o seu apartamento pois essa conversa é entre eu e minha filha… Depois eu converso com os seus pais e… – Ele não mora aqui. – interrompeu ela – Eu vou levá-lo na portaria e depois subo. Talita acompanhou Heitor até a entrada e ele chamou um carro por aplicativo. – Desculpe não poder te levar. – Eu falei que a gente deveria ter ido para um motel. – Meu pai é careta. Todo mundo aqui no prédio faz isso, um monte de gente sabe e quando eu decido fazer, a segurança faz esse drama. Não faz sentido, sabe? – Sobe lá antes que a coisa piore para o seu lado. – Só não comenta com ninguém da nossa sala e nem da faculdade sobre o que aconteceu hoje. Talita deu um abraço em Heitor e se afastou. Pouco depois, o carro chegou e ele seguiu rumo à sua casa enquanto respondia às mensagens do pai, tranquilizando-o. No caminho, o m...

Expectativas e realidades

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O relógio marcava por volta de uma da manhã de sábado quando Vitor saiu de seu quarto e encontrou Caio sentado na ponta de um grande sofá, olhando para a tela da TV, que exibia um programa de entrevistas, mas sem prestar muita atenção pois sua mente divagava livremente. – Papai já foi dormir? – disse o primeiro sentando-se na outra ponta do mesmo sofá e interrompendo os pensamentos do outro. – Já sim. Ele estava aqui na sala conversando comigo, mas foi para o quarto tem uns dez minutos mais ou menos. E você, como está, cara? – Eu tô bem. Um pouco cansado, mas bem. Essa semana foi um pouco puxada para mim. A morte da vovó, Talita não me responde… Apesar de incentivar o romance do irmão, Caio não confiava na reciprocidade do sentimento de Talita. Sempre que tocava no assunto, incentivava o relacionamento por querer Vitor feliz, mas, intimamente, o sentimento era bem diferente. – Vitão, vou ser bem honesto pois não aguento mais ver você assim por causa dessa garota. Como eu te falei outro...

Estreando o novato

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O segundo sábado após o início das aulas era conhecido por ser a data fixa da primeira festa da turma de Administração. Entretanto, desta vez as coisas foram diferentes. – Esse ano não teremos festa enquanto o Caio não estiver com a gente. – disse Marcelo em uma reunião improvisada ao final da aula de sexta-feira, no meio da sala de aula. – Ah, não! E quando ele volta? – quis saber Bruna. – Acho que segunda ou terça-feira da semana que vem. Ele está dando uma força para o pai e a gente sabe que Caio tem o dom de conseguir os melhores lugares. Então, vamos esperar o cara voltar e a gente organiza tudo. Todos foram embora reclamando e Heitor ficou na sala conversando com o professor sobre uma matéria que iria fazer no período da manhã. Quando ele saiu da sala, encontrou Talita o esperando do lado de fora. – Pensei que iria ficar para sempre lá dentro com o Carlão.  – Nem posso. Tenho que ir para casa. Ele acelerou o passo e Talita também andou mais rápido até alcançá-lo e colocar a m...

O livro das flores

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Na terça-feira à noite, o silêncio na turma de Caio era enorme. Todos já sabiam da morte da avó do colega e, respeitosamente, direcionaram os melhores pensamentos para ele. Os professores começaram a passar cronogramas de aulas e matérias e Heitor, bastante sensibilizado pelo luto do seu único colega na turma até o momento, pegou o número de seu telefone com Marcelo e mandou uma mensagem: “Oi, aqui é o Heitor. Fiquei sabendo sobre a morte da sua avó e, apesar da gente mal se conhecer, fico à disposição para o que você precisar”. No final da aula, logo após o intervalo, um dos professores pediu um trabalho em dupla relacionado a um livro que Heitor já tinha lido para outra disciplina da antiga faculdade. O grupo de amigos dele começou a se dividir e ele sugeriu: – Galera, eu já li esse livro e fiz um trabalho bem parecido. Acho que posso ajudar o Caio e fazer dupla com ele nessa. – Quem vai se dar bem é o Caio, pegando um trabalho quase pronto. – disse Marcelo – Mas, ok. O cara está num...

A hora do adeus

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Todos que estavam na praça naquele momento começaram a gritar e Marcelo bradou: – O que é isso? O cara chegou hoje e já pegou uma veterana logo de cara. Até o fim do ano, vai passar o rodo em todas as meninas do curso. Talita saiu irritada e, tentando fingir naturalidade, foi em direção ao estacionamento onde estava seu carro. Bruna soltou Heitor e disse baixinho em seu ouvido: – Matei dois coelhos com uma cajadada só! O pai de Bruna chegou, Heitor colocou as cervejas no carro e ela se despediu dando um sorriso para ele. Marcelo se aproximou e disse: – Boa garoto! Só toma cuidado com quem você colocar na sua listinha para não arrumar problemas. Heitor ficou sem graça e não disse nada. Na sequência, ele voltou para a faculdade e encontrou a irmã no portão esperando por ele. – Finalmente, Heitor! Onde você estava? Estou te ligando há uns trinta minutos e você não atende. – Estava esperando o trote acabar. Nem senti o telefone vibrar. Desculpa! – Papai está preocupado. Vamos embora. – Eu ...

O ciúme de Bruna

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Heitor retribuiu o beijo e Talita começou a passar a mão em seu corpo. – Aqui não. – disse ele – pode chegar alguém. – Não vamos fazer nada demais. E eu prometo que faço uma boa propaganda sua para as outras meninas. – Mas, você está com o irmão do Caio, o tal Vitor. E se ele descobrir? – Só se você comentar alguma coisa… E, no mais, a gente está brigado desde ontem e demos um tempinho. Além disso, até onde eu sei, nós só estamos ficando, não tem nada demais. Talita começou a beijar Heitor novamente e suas mãos seguiram explorando o corpo do novato. Ele se rendeu e começou a explorar o corpo da sua colega de turma que, percebendo a excitação do outro, disse: – Vamos deixar isso só um pouco mais quente? Ela se abaixou e começou a morder carinhosamente a barriga de Heitor que, animado com a situação, começou a abrir o zíper de sua bermuda quando ouviu a voz de Bruna: – Talita, você tirou o novato de perto de mim só para ficar com ele aqui no seu carro? *** No hospital, Vitor e Caio foram...

Enquanto isso, no trote estudantil

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Sônia apertou as mãos de Rosária e disse: – Logo os meninos estarão aqui. Eles foram até a nossa casa pegar algumas coisas que vamos precisar e daqui a pouco voltarão. Rosária ficou em silêncio por algum tempo olhando para o teto do quarto enquanto Gilberto olhava docemente e ficava ao seu lado, como um cão de guarda. Por fim, ela adormeceu e sua esposa se aproximou dizendo: – Eu mandei um áudio para os meninos e disse para eles se apressarem. Também enviei uma mensagem para a minha irmã e ela já está a caminho. Pouco menos de duas horas depois, Vitor e Caio estavam de volta ao hospital e foram para o quarto. Encontraram a avó dormindo enquanto os pais observavam um pedacinho da noite paulistana pela janela do quarto. – Nós trouxemos duas malas pequenas com as coisas de vocês. Pegamos tudo o que a mamãe indicou, trouxemos dois carregadores e os dois notebooks também. – disse o primeiro. – Ah, que bom, meu filho. Eu acabei esquecendo de pedir os computadores, mas ainda bem que pensaram ...